terça-feira, 19 de abril de 2011
Babado Fashion... (Arezzo)
Parte da coleção de inverno da Arezzo 2011, a linha “Pelemania” foi lançada na quinta-feira (14.04) e é feita de peças como coletes, sapatos e pashminas de pele de coelho e raposa. O que seria apenas uma linha com o material que é hit da temporada acabou se tornando objeto de protesto contra o uso de pele animal na moda.
Tudo começou quando o perfil do Projeto SalvaCão postou no Twitter fotos da coleção junto de animais mortos. O ato foi seguido de uma avalanche de adesões, que encontrou eco no Facebook, onde a página Boicote Arezzo foi rapidamente criada. Resultado: “Pelemania” entrou na lista de trending topics do Twitter (ranking de assuntos mais comentados) nesta segunda-feira (18).
Diante da repercussão negativa, a Arezzo elegantemente retirou as imagens dos produtos de seu site e prontamente impediu que as peças com pele natural fossem vendidas nas lojas de sua rede.
Segundo a marca, as peles são devidamente regulamentadas e certificadas, cumprindo todas as formalidades legais que envolvem a questão. “Um dos nossos principais compromissos é oferecer as tendências de moda de forma ágil e acessível aos nossos consumidores. [...] E por respeito aos consumidores contrários ao uso desses materiais, estamos recolhendo em todas as nossas lojas do Brasil as peças com pele exótica em sua composição, mantendo somente as peças com peles sintéticas”, diz o comunicado oficial expedido pela Arezzo.
Diretor de arte da campanha da grife, estrelada por Gloria Pires, Giovanni Bianco se manifestou generosamente no Twitter sobre o episódio. “Vamos procurar dar mais luz para coisas fundamentais nessa vida! E não polêmicas baratas sobre o uso de pele”, escreveu ele. “Sou contra o uso de pele sem a permissão devida, mas também não sou contra quem quer usar pele! O direito é de cada um e temos que respeitar isso!”, continuou.
Conhecida por seu envolvimento com moda sustentável, a consultora de moda e apresentadora Chiara Gadaleta também comentou o caso em seu site, após, segundo ela, receber pedidos para se posicionar sobre o ocorrido. “Acredito na liberdade na moda e na autonomia que cada marca tem de criar o que bem desejar. [...] Cabe a nós, que estamos na internet promovendo notícias, mostrar não só imagens de boicote, mas também informar o porquê dessa indignação toda.”
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