sexta-feira, 8 de abril de 2011

Carine Roitfeld e sua nova fase...


Aos poucos, Carine Roitfeld vai esboçando sua carreira longe da Vogue Paris. Ex-editora da publicação, Carine assina o styling da campanha de inverno 2012 da Chanel e da Barneys, para quem também presta consultoria, e espera o lançamento de sua biografia em outubro. Mas isso não é tudo.

Em uma entrevista à Spiegel — a maior desde sua saída da edição francesa da Vogue –, ela revela que está trabalhando em mais um livro e ao lado de Karl Lagerfeld. Na conversa com a publicação, usou (surpreendentemente) jeans e camiseta — algo que raramente vestiu no comando da Vogue Paris — e falou sobre sua saída da revista. “Foi o momento perfeito. A edição francesa da Vogue nunca foi tão bem-sucedida, com tantos anunciantes ou leitores. Por dez anos, meu editor americano, Jonathan Newhouse, me deixou fazer o que quisesse, mesmo quando ele achou que poderia ser uma loucura. Mas isso não poderia continuar por muito tempo.”

Carine desmentiu os rumores que circularam, tempos atrás, de que poderia substituir Anna Wintour na Vogue americana. “Isto nunca esteve sob discussão. Eu gosto de provocar, sou muito francesa e Anna Wintour é a mulher mais poderosa da indústria da moda. Ela é uma política e eu sou uma stylist. E apesar de todos os boatos, acho ela muito gentil.”

A stylist definiu hoje a indústria da moda como “terrivelmente séria”. “Por dez anos, foi muito divertido. Mas agora só se trata de dinheiro, resultados e grandes negócios. Estilistas estão cada vez mais sob pressão. Um vestido não pode apenas agradar uma mulher em Paris, mas também a de Tóquio, Moscou e Nova York. A atmosfera não é elétrica como costumava ser e agora tem o mesmo charme de uma conferência médica. Mas é preciso só um bom desfile para tornar as coisas excitantes novamente.”

E não deixou de comentar o episódio sobre Galliano. “Você precisa ser muito infeliz e solitário para enaltecer Hitler em público. O que ele fez é inaceitável, mas não acho que ele realmente acredita no que disse. Eram palavras de um bêbado”.

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